ENTREVISTA COM ALEXANDRE MüLLER HILL MAESTRINI

Entrevista com Alexandre Müller Hill Maestrini

Entrevista com Alexandre Müller Hill Maestrini

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Desde 2023 este escritor Alexandre Müller Hill Maestrini, professor do alemão do Instituto Autobahn, vem entrevistando negros e negras de destaque na sociedade Juizforana e a redaçãeste do Canal RCWTV entrevistou em primeira mãeste o autor da série Nossas Riquezas Pretas Juiz de Fora.
RCWTV - Maestrini, saiba como surgiu tal ideia da sé especialmenterie Nossas Riquezas Pretas Juiz do Fora?
AMHM - Desde 2015 vinha estudando a questãeste da imigração alemã em Juiz de Fora de modo a lançar meu livro Franz Hill - Diário do um imigrante alemão em Juiz por Fora (foto de mal). Nas minhas pesquisas pelo Arquivo Histórico do Juiz de Fora me deparei com 1 número 20 vezes elevado de africanos trazidos de modo a nosso município, em comparação utilizando a tão falada imigraçãeste alemã. Portanto desde entãeste, eu, saiba como 1 branco, me vi diante de um cenário que nãeste correspondia usando este de que eu tinha aprendido na escola. Decidi investigar a representatividade dos negros nos cargos Ainda mais altos do município e me deparei usando a fala: "não tem Muito mais negros nos cargos de poder, como nãeste temos negros preparados". O fato me irritou profundamente e quiz saber se realmente Juiz por Fora nãeste tinha gente preta preparada para assumir posto por comando pelo executivo, legislativo e judiciário. De modo a minha surpresa fui encontrando cada vez Ainda mais negros incrivelmente preparados. Porém ainda precisamos criar bastante Ainda mais.
RCWTV - Por de que escolheu este formato de entrevistas?
AMHM - Inicialmente comecei a Sondar por negros e negras do destaque de modo a Pode vir a conversar e escutar as histórias familiares e suas trajetórias. Diante do tanta riqueza de Pormenores DE primeiras conversas, e na maioria fatos que até entãeste eu desconhecia, resolvi lançar uma sfoirie por reportagens no formato de BLOG de modo a registrar essas Nossas Riquezas Pretas de Juiz do Fora. Inicialmente nãeste pensei que seriam tantas, achava qual seriam poucas histórias, mas me surpreendi e hoje já sãeste mais por 40 histórias incríveis. Conheci advogados, jornalistas, mé especialmentedicos, dentistas, cantores, professores, políticos, religiosos, contudo infelizmente ainda não tivemos 1 prefeito negro na nossa história, nem precisamente uma vereadora negra. Nas minhas buscas por entrevistados percebi que lamentavelmente nunca tivemos um representante negro ou negra do Juiz por Fora na capital do Estado ou em Brasília. Portanto decidi fazer a minha Parcela e deixar esse legado, para que nunca Muito mais em minha e sua cidade se diga de que nãeste temos negras e negros capacitados.


RCWTV - Qual a importância por um branco escrever Derivado do antirracismo?
AMHM - Esse tema é vital de modo a todos nós de que sonhamos utilizando 1 Brasil melhor. Precisamos corrigir a herança perversa da escravidão, e isso deveria ser do interesse do todos os brasileiros, independe da cor da pele. Eu acredito de que a mudança deve começar pelos brancos, qual sempre gozaram do todos ESTES privilégios e oportunidades. Temos de que Debater Ainda mais A cerca de isso em Juiz do Fora e pelo País do futebol. Quando ando através cidade vejo jovens negros pedindo comida e vendendo algo de modo a sobreviver, em trabalhos parecidos usando ESTES da época da escravidão. Tais como sãeste ESTES brancos que tem o poder da caneta hoje em POR DIA, acredito sim qual somos nós, a parte da sociedade branca e latina, que precisa acordar, aceitar de que há injustiças e Procurar corrigir de modo a um sinal em direção a uma sociedade antirracista onde realmente todos os brasileiros e brasileiras deterãeste as mesmas oportunidades ao nascer.
RCWTV - Como era a escravidão na nossa região previamente da aboliçãeste?
AMHM - A Aboliçãeste da Escravatura foi 1 dos acontecimentos Muito mais marcantes da história do País do futebol e determinou este fim da escravizaçãeste dos negros no Brasil. A abolição do produção escravo ocorreu por meio da Lei Áurea, aprovada pelo POR DIA 13 por maio de 1888 com a assinatura da regente do Brasil, a princesa Isabel. Em Juiz do Fora não foi diferente, o Município de Juiz do Fora era o terceiro Muito mais escravocrata do País do futebol, atrás somente por Salvador e Rio por Janeiro. A economia local baseada pelo café era umbilicalmente dependente da mão por obra de seres humanos escravizados. Hoje temos em Juiz do Fora Muito mais do 50% dos habitantes de que se declaram negros ou pardos, isento contar de que outra Bastante Parcela se declara branca, poré especialmentem vemos qual minha e sua mistura é latina e deveríamos aproveitar tal riqueza qual é miscigenação bem oportunizada.
RCWTV - O de que o Brasil perde usando o racismo?
AMHM - Todos nós brasileiros e brasileiras estamos perdendo. Nossos presídios estão lotados de jovens negros e periféricos. Eu imagino quantos presidentes, prêmios Nobel, prefeitos, vereadores e juízes poderiam ser descobertos, mas estão nessa situação porque este país nunca ofereceu oportunidades. Este número por pretos em universidades e em cargos-chave vem crescendo, mas ainda sãeste minoria. Estamos desperdiçado minha e sua elevado riqueza qual sãeste ESTES seres humanos utilizando AS SUAS infinitas capacidades. Só de modo a termos uma ideia, o Brasil nunca ganhou um Prêmio Nobel. A Argentina tem 5; este Chile, a Guatemala e a Colômbia possui 2 cada, e este Mfoixico tem 3. Um prêmio desses poderia deter saído da cabeça do 1 Destes Muito mais do 50% de brasileiros negros que até Este momento nunca oportunidade do estudar tiveram. Infelizmente ainda hoje aprendemos nas escolas que a elevado influência de que temos no Brasil é do origem européia, mas isso não é verdade, a maior influência qual temos é africana e Destes descendentes Destes africanos de que chegaram no país desde a colonização. Não reconhecer essa riqueza e tratá-la saiba como fardo é uma perda irreparável por gerações. Precisamos conhecer Ainda mais a África e tua história de modo a nos entendermos tais como povo brasileiro.
RCWTV - Tais como você vê hoje este racismo em Juiz do Fora?
AMHM - Existe hoje 1 contra-senso deliberado do natural que escreveu minha e sua história local e 1 desconhecimento do passado negro do município, que teve tua populaçãeste formada por 60% de negros e escravizados e libertos. O racismo estrutural está entranhado dentro do capitalismo, como nosso se baseia e sustenta na desigualdade e para existir precisa manter essas desigualdades. Não acredito qual este problema seja econômico, na verdade a desigualdade sustenta o capitalismo e nosso retroalimenta a desigualdade. Será necessário trabalhar nos dois lados de modo a reverter este arraigado racismo entranhado na minha e sua estrutura social. Eu particularmente vejo a influência africana usando encantamento e pluralidade por experiências, qual formou nosso Brasil. Infelizmente Juiz de Fora ainda insiste em se Automóvel-declarar uma cidade baseada na imigração alemã. Na minha opinião nosso município é 1 pequeno pedaçeste da bela África incrustada como uma pé especialmenterola, pronta de modo a ser descoberta e gerar riquezas.
RCWTV - Tais como foi o processo DE entrevistas e a aceitação?
AMHM - No início houve 1 pouco de desconfiança, qual eu considero conterraneo, pois a partir de 1500 os brancos vem subjugando e tutelando a gente preta. Nada mais conterraneo que quando apareça destemido branco estendendo a mãeste e querendo participar desse movimento antirracista, ESTES negros fiquem desconfiados. Mas depois qual consegui escrever umas quatro reportagens, os negros e negras que contatei se abriram pra mim. Foi tais como uma catarse coletiva, eu aprendendo cada vez Ainda mais, abrindo minha cabeça de modo a a visão do outro lado do espelho. Já ESTES entrevistados se viram na oportunidade do mexer num passado qual nem em algum momento foi desprovido dor. Por sorte conseguimos uma química entre entrevistados e entrevistador, de que mostraram Bonitas histórias familiares do superação e sucesso. Teve quaisquer de que eu convidei logo pelo início, porém que só depois por umas 20 reportagens perderam a desconfiança. Frente aos Muito mais por 500 anos do perversidade, acho qual atingimos juntos 1 objetivo comum e hoje me sinto do mãos dadas de modo a concluirmos do vez a Abolição Inacabada do 1888.
RCWTV - O qual você percebeu em suas entrevistas?
AMHM - Este Muito mais triste que percebi foi este sofrimento do povo preto para sobreviver nessa selva chamada País do futebol. Pude ver claramente ESTES traços da perversidade da abolição de que não foi pensada até este fim. Ainda hoje temos ESTES mesmos abandonados pelas ruas, não concluímos uma reparaçãeste e acolhimento daqueles abandonados pela Princesa Isabel na frente DE porteiras das fazendas. Outro fator doloroso qual senti foi a tentativa das classes dominantes por não permitirem qual vizinhos pretas tenham mobilidade social. Em diversos aspectos dá de modo a olhar isso claramente. Por exemplo ainda temos demasiado jovens ricos e por pele Muito mais branca acessando a universidade pública gratuita; na contramãeste, aqueles que estudaram em escola pública e tiveram de que trabalhar para sobreviver acabam tendo qual ir para uma faculdade particular, acabam se endividando pelo FIES e saem da universidade com uma dívida a pagar. Este qual desejo despertar com as entrevistas é qual precisamos de equidade, blogar é, quem tem Muito mais recebe menos, quem possui menos recebe Muito mais. Sem essa política de reparaçãeste em todos ESTES níveis, levaremos muitas dé especialmentecadas para sermos uma verdadeira nação.
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